sábado, 25 de abril de 2015

Esposa solidária

Sexta feira linda. Terminamos a segunda faxina do dia e agora é só alegria. Tiramos o uniforme,  colocamos na mochila e vamos embora.

No caminho uma paradinha no shopping para almoçar. Maldita hora.



Assim que chegamos na praça de alimentação eu levei um escorregão tão ridiculo, mas tão ridículo que nem sei porque foi.

O fato é que quando eu percebi já estava debaixo de uma mesa de estudantes, com o pé preso e a unha do dedão arrebentada.

Fora a dor horrorosa, sangue escorrendo e aquela molecada gritando, minha preocupação era outra. Cadê La Tatita?

Enquanto algumas pessoas tentavam me ajudar eu vi a minha mochila caida uns 10 metros pra frente, e, pior, aberta.

Ai começou o drama maior. Cadê La Tatita?

Rapidinho os bombeiros do shopping chegaram e me tiraram debaixo da mesa e me colocaram numa maca. Um outro bombeiro pegou a mochila e começou a sacanear.

Tirou um soutien de dentro e fez um sinal perguntando se era meu. Fingi que não entendi. Pegou uma calcinha com  as pontas dos dedos e, arregalando os olhos, perguntou " you ?".

Cadê La Tatita pra dar uma porrada neste cara??

Para terminar meu suplício,  deram uma volta inteirinha com a maca na praça de alimentação. E o povo todo se levantando para me ver. Parecia aquelas procissões no Brasil. Sim, uma volta completa pois o ambulatório médico fica exatamente atrás do lugar que cai.

E para finalizar colocaram alguma coisa parecida com álcool ou éter no dedão arrebentado e me liberaram.

Apesar de tudo isso, minha preocupação cada vez maior era , cadê La Tatita?

Finalmente a achei. Estava agachada num cantinho, toda, como direi?............molhada de tanto dar risada.

Final da história.  Hoje estamos os dois aqui impossibilitados de andar. Eu com o pé todo inchado e ela toda assada.

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